quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Vivo na constante dor do meu contratempo, de nunca estar bem com o que tenho, com o que vivo, procuro sempre mais e mais. Não valorizo os que me apoiam incondicionalmente porque vagueio em busca da perfeição, mesmo sabendo que não existe, e isso é o que mais me custa, vagueio em busca do inexistente, e eu sei disso, entendes? E o meu medo é nunca encontrar quem me encha as medidas, tento encontrar sempre alguém melhor, e o receio de acabar sozinha e perdida neste caminho de encontros destrói-me.

Tento inúmeras vezes contentar-me com o que tenho mas são tentativas falhadas, quero sentir-me bem e feliz e meti na minha cabeça a ideia que só me sentirei assim quando amar alguém loucamente, mas aprendi que nunca se ama loucamente alguém que se tem por completo e isto atormenta as minhas ideias e pensamentos. Dou por mim a pensar que resultarei numa rapariga solitária que não se satisfez com os que amam e não foi feliz simplesmente por odiar meios termos, por no conseguir amar loucamente alguém que tem ao seu lado e só ansiar o que não tem. Uma rapariga egoísta, digo eu. 
Não me compreendo, vivo momentos em que desejo carinho e atenção e outros em que simplesmente desprezo manifestações de afecto. Num momento suspiro loucamente por mimo de um alguém e quando finalmente o consigo desprezo-o como se nunca o ansiasse, como se as minhas expectativas se desmoronassem. 
Ridículo, pensam vocês. 

Com amor, pedaços de mim